Dengue. A maior relevância Entre os principais problemas de saúde pública do brasil.

A Dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um amplo espectro clínico e variar de casos assintomáticos a graves, podendo evoluir à óbito.

Ressalta-se que as arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti são um dos principais problemas de saúde pública, sendo a Dengue de maior relevância, principalmente no continente americano.

Em 9 de maio de 2022 foi instalada a Sala de Situação Nacional de Arboviroses Urbanas na Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (SVS/MS), com o objetivo principal de estabelecer estratégias para redução do número de casos graves de Dengue e evitar óbitos por arboviroses urbanas. Trata-se de uma estrutura organizacional que busca promover a resposta coordenada por meio da articulação e da integração dos atores envolvidos. Como resultado das análises sobre o tema, este artigo foi desenvolvido com base no Boletim Epidemiológico 20 – emitido pela Secretaria de Vigilância em Saúde e apresenta o perfil epidemiológico dos casos graves e óbitos por Dengue registrados no Brasil no período de 2019 até a Semana Epidemiológica (SE) 20 de 2022.

Casos graves e taxa de letalidade

No período de 2019 a 2022, foram registrados 45.283 casos graves de Dengue no Brasil. O ano de 2019 registrou o maior número de casos graves (21.016). Em 2022, ocorreram 9.318 casos graves de Dengue até a Semana Epidemiológica (SE) 20.

Quanto à letalidade registrada entre os casos graves, observa-se a maior taxa no ano de 2020 (5,7). A letalidade registrada em 2022 até a SE 20 foi de 4,1 (Figura 1). Em 2022, até a SE 20, a unidade Federada com maior registro de casos graves foi Goiás (2.972), seguida de São Paulo (1.359) e Paraná (1.265). Entre os casos graves registrados em Goiás, 94,7% corresponderam a Dengue com sinais de alarme e 5,2% Dengue grave. Em São Paulo, 90,5% Dengue com sinais de alarme e 9,3% Dengue grave. No Paraná, 95,4% Dengue com sinais de alarme e 4,5% Dengue grave (Figura 2).

Figura 1. Casos graves de Dengue e letalidade segundo ano, Brasil, 2019 a 2022.
Figura 2. Casos graves de Dengue segundo unidade Federada, Brasil, SE 1 a 20 de 2022.

Óbitos e taxa de letalidade

No período de 2019 a 2022, foram confirmados 2.042 óbitos por Dengue no Brasil, destes, 41,2% ocorreram no ano de 2019 (840 registros). Em 2020 e 2021, observou-se redução das notificações com 574 e 244 óbitos, respectivamente.

Em 2022, ocorreram 382 óbitos por Dengue até a SE 20. Quanto à letalidade registrada entre os casos prováveis de Dengue, observa-se a maior taxa no ano de 2020 (0,06%). A letalidade registrada em 2022 até a SE 20 foi de 0,04% (Figura 3).

Quando analisada a distribuição de óbitos por semana epidemiológica, observa-se incremento de 138,7% no número de óbitos confirmados em 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021. Quando comparado ao mesmo período de 2019, observa-se redução de 35% no número de óbitos notificados. Vale ressaltar que nas semanas epidemiológicas 12 e 13 de 2022 foi registrado maior número de óbito confirmados no período analisado (Figura 4).

Figura 3. Óbitos por Dengue e taxa de letalidade segundo ano, Brasil, 2019 a 2022.
Figura 4. Óbitos por Dengue segundo semana epidemiológica, Brasil, 2019 a 2022.

Incidência e óbitos

Quanto a incidência acumulada de Dengue e número acumulado de óbitos no período de 2019 a 2022, por UF de residência, observa-se que as maiores taxas de incidência ocorreram em Goiás (5.101,9 casos/100 mil hab.), seguido do Mato Grosso do Sul (4.898,6 casos/100 mil hab.) e Distrito Federal (4.512,5 casos/100 mil hab.). Em relação ao número de óbitos por Dengue no mesmo período, destacam-se os estados de São Paulo (579 óbitos), Paraná (268 óbitos) e Minas Gerais (219 óbitos) (Figuras 5 e 6).

Em 2022, até a SE 20, as maiores taxas de incidência ocorreram em Goiás (2001,2 casos/100 mil hab.), seguido do Distrito Federal (1.462,2 casos/ 100 mil hab.) e Tocantins (1.262,4 casos/100 mil hab.). Quanto ao número de óbitos por Dengue no mesmo período, destacam-se os estados de São Paulo (134), Santa Catarina (43) e Goiás (41) (Figura 6, Tabela 1).

Figura 5. Casos graves de Dengue segundo unidade Federada, Brasil, SE 1 a 20 de 2022.

Ressalta-se a existência de 349 óbitos em investigação no Brasil, com destaque para os estados de Goiás (138), Minas Gerais e São Paulo (ambos com 42), Paraná (31) e Distrito federal (25). Quanto à oportunidade de encerramento da investigação dos óbitos em até 60 dias, verificou-se que em 2019 76,3% tiveram encerramento oportuno, em 2020 84,1%, em 2021 86,1% e 96,9% em 2022 (até a SE 20).

Figura 6. Óbitos por Dengue e taxa de incidência segundo unidade Federada, Brasil, SE 20 de 2022.

Perfil dos óbitos

No período de 2019 a 2022, os óbitos por Dengue ocorreram em pessoas de ambos os sexos, com uma razão de sexos (M/F) de 1,04, ou seja, 104 casos do sexo masculino para cada 100 casos do sexo feminino e em todas as faixas etárias, com destaque para os maiores de 60 anos.


Ao comparar o ano de 2022, é possível observar uma mudança na distribuição dos óbitos por sexo e faixa etária, no qual houve uma redução no número de óbitos nas faixas etárias abaixo de 49 anos e permanência de um maior número de óbitos nas faixas etárias de 50 anos ou mais (Figura 7). Quanto a taxa de letalidade por faixa etária, as maiores registradas foram entre os maiores de 60 anos, sendo 0,26 em 2019, 0,30 em 2020, 0,17 em 2021 e 0,15 em 2022 (até a SE 20).

Os sinais de alarme mais frequentes nos óbitos por Dengue no período de 2019 a 2020 foram plaquetopenia (53,7%), hipotensão (37,7%) e dor abdominal (35,7%). Os sinais de gravidade foram os sintomas relacionados a extremidades frias (41,5%), alteração da consciência (38,8%), hipotensão tardia (36,9%) e taquicardia (36,7%) (Figura 8).

Figura 7. Óbitos por Dengue segundo sexo e faixa etária, Brasil, 2019 a 2022 e 2022.
Figura 8. Sinais de alarme e de gravidade entre os óbitos por Dengue, Brasil, 2019 a 2022.

As comorbidades mais frequentes entre os óbitos de Dengue, independente de grupos etários, foram a hipertensão e o diabetes. A ausência de comorbidades foi observada em 65,9% das pessoas com idade abaixo de 60 anos e em 31,6% das pessoas com idade maior ou igual a 60 anos (Figura 9).

Figura 9. Comorbidades entre os óbitos por Dengue segundo grupos etários, Brasil, 2019 a 2022.

Estratégias e prevenção

A implantação da Situação Nacional de Arboviroses Urbanas na Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (SVS/MS) é fundamental para combate a Dengue e desta forma, evitar óbitos por arboviroses urbanas. A estrutura organizacional está dedicada a buscar e promover respostas coordenadas por meio da articulação e integração de todos os envolvidos.

Por outro lado, a MAVARO está destinada à difusão das informações necessárias e na produção de produtos que sejam eficazes e minimizem os impactos sociais e econômicos de doenças e acidentes.

As principais medidas a serem adotadas pela população, que sem dúvida, é o agente mais importante neste combate: deixar a caixas d’água bem fechadas e realizar a limpezas regulares; retirar dos quintais os objetos que acumulam água; cuidar do lixo diariamente, mantendo materiais para reciclagem em sacos fechados e em locais cobertos; eliminar pratos de vasos de plantas ou não permitir o acúmulo de água; descartar pneus usados em postos de coleta ou locais especializados. Além disso, o uso de repelentes é fundamental em todas as situações de risco. É inegável que muitos setores estão propensos pelas suas características.

O uso contínuo dos repelentes MAVARO são eficazes no combate contra o Aedes aegypti, outros mosquitos transmissores e vários outros insetos. São formulados e desenvolvidos com o princípio ativo IR3535®, forma segura e eficaz na prevenção contra picadas de insetos.

Os repelentes MAVARO podem ser adquiridos em spray, gel ou integrado à linha ULTRA de protetores solares MAVARO com repelente: FPS 30 ULTRA e 60 ULTRA Podem ser adquiridos em diversas embalagens e usados sem restrições.

Para mais informações sobre os produtos MAVARO destinados ao combate contra o Aedes aegypti, entre em contato com a MAVARO: (11) 5105-0319. 

Anexo

Fonte: Ministério da Saúde – Boletim Epidemiológico Vol.53 Nº20.